Após quase sete anos de silêncio, a CBF quer receber uma indenização milionária pelo “Fifagate”, o escândalo de corrupção que resultou na prisão ou no banimento de dezenas de cartolas. Entre os punidos pelo esquema estão os ex-presidentes da CBF José Maria Marin, preso em 2015, e Marco Polo Del Nero, suspenso por 20 anos do futebol. Além deles, Ricardo Teixeira, também citado nas investigações, foi banido do futebol. Os três negam ter cometido os crimes dos quais foram acusados.
Em entrevista concedida ao Ge, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, declarou os prejuízos do caso. “O futebol brasileiro foi um dos mais prejudicados e merece receber de volta boa parte deste dinheiro.A nossa eleição na CBF, praticamente unânime, com a maior votação da história da entidade, é o símbolo do fim de uma era triste na administração do futebol brasileiro. E é também o símbolo de um começo, que carrega o significado da inovação e da mudança. Quando assumi a presidência interinamente, estava em meio a uma grande tempestade. A prioridade era segurar o leme para não deixar o barco naufragar. Agora é hora de corrigir o rumo”, finalizou.
No ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que vai devolver para a Fifa US$ 201 milhões recuperados nas costas de dirigentes envolvidos. Esse dinheiro, foi colocado em um fundo administrado pela entidade, e poderá ser usado também pela Conmebol e Concacaf , se declararem que são entidades vítimas para a Justiça dos EUA.
Do total anunciado pelos EUA, a Conmebol teria direito a US$ 71 milhões (cerca de R$ 340 milhões). No documento, a CBF não fixa o valor da indenização. O dinheiro seria usado em investimento no futebol de base e no futebol feminino, além de projetos sociais e de infraestrutura.