Nesta sexta (25), o Catar não conseguiu evitar a derrota para Senegal por 3 a 1, no estádio Al Thumama, pela segunda rodada do Grupo A e, com o resultado, acabou sendo eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo. Isso porque, como Países Baixos e Equador empataram em 1 a 1, a seleção catari não tem mais chances matemáticas de avançar ao mata-mata do torneio. Com isso, o país não aproveitou o ‘tiki-taka’ do deserto de Xavi e se tornou o pior anfitrião da história do Mundial.

O Catar se junta à África do Sul como únicas seleções a sediaram uma Copa do Mundo e ficarem apenas na fase de grupos. Entretanto, em 2010, os Bafana Bafana empataram em sua estreia, diante do México, em 1 a 1, e venceram a França por 2 a 1, na última rodada, e terminaram a competição no 3º lugar do Grupo A. Os cataris, por sua vez, não só foram o primeiro país anfitrião a perder na estreia do Mundial, como também os primeiros a perder nos dois primeiros jogos do torneio.

Escolhido pela Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2022 no início da última década, o Catar tentou aumentar seu prestígio no mundo do futebol através da Academia Aspire, criada para formar jogadores para a seleção do país, enviando olheiros para captar talentos em casa e também em nações do continente africano. E quem esteve à frente do ‘laboratório de jogadores’ da seleção catari foram os europeus, principalmente os espanhóis, que foram contratados para a função.

Quem ficou encarregado de melhorar o nível do futebol catari foi Xavi, que foi contratado como jogador após sair do Barcelona, em 2015, e acabou tendo sua primeira experiência como técnico no país-sede da Copa do Mundo. Pelo Al Saad, o catalão foi campeão nacional e formou a base do atual time do Catar no Mundial. O estilo de jogo com foco na posse de bola acabou se transferindo para a equipe conduzida por Félix Sánchez na Copa Asiática de 2019, ano em que foi campeão.