Momentos distintos dentro e fora de campo
O Santos vive um momento especial dentro das quatro linhas, isso porque o time conseguiu vencer o Red Bull Bragantino e faturar a classificação para a grande final do Campeonato Paulista.
O resultado conquistado foi comemorado pelo técnico Fábio Carille que se mostrou não apenas empolgado com o desempenho da equipe como prometeu que o Peixe vai brigar pelo título e dar trabalho para o adversário da grande decisão.
Mas fora das quatro linhas, a situação é um pouco complicada e o treinador precisa pelo menos momentaneamente contar com a base, já que o clube vive um novo bloqueio, o que preocupa o torcedor.
O Alvinegro Praiano sofreu mais um transfer ban devido a dívida com o Krasnodar, da Rússia, pela contratação do peruano Christian Cueva. O clube russo está cobrando cobram cerca de 4 milhões de dólares (cerca de R$ 20 milhões na cotação atual) da negociação que ocorreu em 2020, no fim da gestão do ex-presidente José Carlos Peres.
Santos trabalha para encontrar uma solução
A documentação sobre o transfer ban já está em posse do departamento jurídico do clube e o departamento de futebol também já foi informado, mas a punição só será publicada no sistema da FIFA na segunda-feira, 1 de abril.
O presidente do Peixe, Marcelo Teixeira, garantiu que o Santos vai pagar a dívida, mas não estabeleceu prazo para a solução do problema. “Nós vamos pagar. Vamos acertar e vamos pagar. Não temos prazo, mas estamos reunindo. Mais uma vez vai prejudicar bastante o orçamento, que já está demasiado comprometido.”.
Ele ainda destacou que o Peixe não tem outra alternativa a não ser quitar o débito com o clube europeu. “Mas não há alternativa. Temos que saldar esse compromisso. Cumprir a obrigação. Vamos cumprir e vamos pagar.”, prosseguiu.
O mandatário contou que o Santos está tentando negociar a dívida com o Krasnodar, todavia os russos não fazem jogo fácil e segue mantendo a postura de negar acordos, o que acaba complicando a vida do clube paulista.
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Situação de Joaquim
O presidente garantiu que não vai utilizar o zagueiro Joaquim para encerrar a punição. “Não vamos ceder o Joaquim. As únicas opções que tínhamos dado não incluía nenhum dos titulares. A prioridade do Santos era dar as garantias. Esperávamos que fossem suficientes.”.
“Demos garantias dos contratos novos provando que o Santos tinha recebíveis e se comprometeria em fazer as parcelas de acordo com os recebimentos que o Santos tinha durante o ano. Não eram parcelas tão longas. Nós tínhamos feito até mesmo para esse ano de 2024.”, continuou.
Apesar de lamentar a situação enfrentada pelo Santos, Teixeira demonstrou que compreende o posicionamento dos russos. “Há um desgaste muito grande e é compreensível isso. Se eu estivesse do outro lado, talvez, estivesse agindo da mesma forma. Chegou a estar com transfer ban. Quando chega ao transfer ban, o clube quer apenas que o outro, que é devedor, cumpra sua parte. Não há alternativa.”.
O imbróglio começou em 2019 quando o Santos contratou Cueva por US$ 7 milhões, junto ao Krasnodar. Porém, no ano seguinte, o meia deixou o Peixe para jogar no Pachuca, do México, e o clube paulista acabou interrompeu o pagamento acordado com os russos.
Na ocasião o caso foi parar na Fifa, e o Santos venceu a causa e embolsou mais de R$ 23 milhões dos mexicanos, porém mesmo com o valor nos cofres do clube, o Peixe não pagou o clube europeu e manteve a dívida ativa.