Responsável pela arrancada do Botafogo rumo ao título da Série B e, consequentemente, o retorno à elite do futebol nacional, Enderson Moreira, atualmente técnico do Sport, relembrou o episódio que deixou o Glorioso em fevereiro de 2022 após uma excelente campanha. Em entrevista ao programa “Primeiro Tempo”, da BandSports, realizada na última terça (28/2), afirmou que não ficou chateado com a decisão de John Textor de demiti-lo , mas sim com a forma como a situação aconteceu.
“A partir do momento em que o clube passa a ter um dono, é normal que ele tenha suas convicções e queira mudanças. É claro que não foi em função de resultado, muito diferente disso, vínhamos de um título da Série B, iniciando um trabalho para 2022 sem praticamente recurso nenhum, com poucas contratações, pouquíssimo investimento. A expectativa que tínhamos naquele momento é que, com a compra do Botafogo, os recursos fossem aparecer e iniciássemos um trabalho, mas eles pensaram de uma maneira diferente e eu respeito muito isso”, afirmou Enderson.
Em seguida, finalizou: “A única coisa que fiquei chateado foi com a maneira como isso aconteceu. Foi dado primeiro na imprensa e depois eu fui comunicado, na véspera de um clássico. Por tudo que eu passei, pelo que eu fiz, acho que merecíamos pelo menos ter tido um pouquinho mais de consideração por parte deles. Mas a escolha é sempre do dono do clube”.
É preciso pontuar que Enderson desembarcou no Glorioso quando a equipe ocupava a 14º colocação na Série B e o conduziu ao título antecipado, em uma arrancada incrível. Para ter uma ideia, o treinador deixou o Clube Alvinegro com um aproveitamento de 72%: sendo 20 vitórias, sete empates e somente quatro derrotas em 31 partidas, com 50 gols marcados e apenas 18 sofridos.