Rebaixamento do Athletico-PR
Em pleno ano de seu centenário, o Athletico-PR viveu um dos capítulos mais dolorosos de sua história ao ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. O desfecho amargo veio no dia 8 de dezembro de 2024, em Belo Horizonte, onde o Furacão foi derrotado por 1 a 0 pelo Atlético Mineiro.
Athletico inicia revolução estrutural para enfrentar a Série B
O Athletico Paranaense está passando por uma reestruturação profunda em todos os níveis do departamento de futebol. Com o objetivo de se adequar às exigências da Série B, o clube tomou medidas drásticas nos últimos dias, promovendo uma ampla renovação em sua equipe técnica e elenco.
O início dessa transformação foi marcado pelas saídas de nomes importantes, como o técnico Lucho González, o diretor de futebol Paulo Autuori e o gestor desportivo Paulo Miranda.
Mas a lista não parou por aí: em apenas 72 horas, o número de desligamentos saltou para sete, abrangendo profissionais-chave, como o auxiliar técnico Juca Antonello, que chegou a comandar o time interinamente, além de Fabrício Vasconcellos, coordenador técnico, Gustavo Porto, preparador físico, e Pedro Niehues, analista de desempenho.
Saída de jogadores
No elenco, as mudanças são ainda mais significativas. Pelo menos nove jogadores já se despediram do CT do Caju, e esse número pode alcançar 15 nos próximos dias.
Entre os que já deixaram o clube estão Gabriel, que retorna ao Internacional após o término do empréstimo, e Bruno Praxedes, que volta ao Red Bull Bragantino. O zagueiro Luan Patrick e o meia Christian, que acertaram suas saídas previamente, também estão fora dos planos.
Críticas da torcida e resultados abaixo do esperado aceleraram a saída de outros nomes. Kaíque Rocha e Erick, frequentemente contestados pela torcida, estão com suas despedidas praticamente confirmadas. Até mesmo figuras icônicas, como Fernandinho, que tinha um pré-acordo de renovação, podem não permanecer devido ao contexto de rebaixamento.
Nikão, um dos grandes ídolos recentes do Furacão, vive uma situação incerta. Emprestado pelo São Paulo, o meia de 32 anos voltou ao clube onde conquistou seu status de referência, mas a reformulação pode encerrar definitivamente sua trajetória em Curitiba. A diretoria ainda avalia um possível novo contrato, mas o cenário atual não favorece sua permanência.
Entre os atletas estrangeiros do elenco, o futuro também é nebuloso. O lateral-direito Léo Godoy e o zagueiro Matteo Gamarra têm chances de continuar, mas não há garantias. Para 2025, o Athletico parece disposto a reescrever sua história, apostando em mudanças profundas para se reconstruir e retornar à elite do futebol brasileiro.