Reformulação no Botafogo
O Botafogo fez uma temporada histórica em 2024 ao quebrar tabus e com um desempenho empolgante a equipe conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores da América. A última vez que a equipe havia conquistado o Brasileirão foi em 1995 e já na Libertadores o Glorioso ergueu a taça de forma inédita.
Porém o clube está precisando lidar com uma grande reformulação, isso devido à saída de alguns jogadores chave do elenco. Além da saída do técnico Artur Jorge, 10 jogadores não permanecem para 2025, sendo eles: Gatito Fernández, Lucas Barreto, Adryelson, Pablo, Rafael; Marçal, Tchê Tchê, Óscar Romero, Eduardo, Thiago Almada e Hugo. Situação que tem gerado preocupação.
Crise financeira no Fogão?
Além disso, o clube também dá sinais de problemas financeiros. Com alguns jogadores cobrando valores atrasados e ameaçando não se reapresentar. O grupo alegou o não pagamento de bônus das premiações, do 13º terceiro salário e férias. Por outro, o Botafogo justificou que recebeu os valores durante os feriados de fim de ano e que o setor financeiro só retomou as atividades no dia 6 de janeiro, o que levou a diretoria a estender o prazo até o dia 17.
Além disso, a empresa de John Textor, a Eagle Football, enfrenta uma crise financeira. A comentarista do Uol, Milly Lacombe, apontou o endividamento não apenas da empresa de Textor como do próprio Botafogo, fazendo uma crítica ao modelo de SAF. “O Botafogo, o John Textor, que é tão celebrado por ser um grande gestor, a empresa dele, a Eagle Football, deve R$ 3 bilhões. É muito dinheiro. A empresa deve muito, a empresa tem buracos, e aí tem uma holding com vários times e essa empresa está muito endividada.”, disse em live no Uol antes de seguir:
“O Botafogo é um clube muito endividado, porque quando vira a SAF, depois de um ano a gente lê no noticiário, “olha, a SAF do Botafogo diminuiu as dívidas em tantos, em tantos milhões”, mas, gente, diminui porque ele renegocia dívida, tributária, fiscal, trabalhista. Eu não acho isso legítimo, eu não acho isso legal, eu não acho isso decente”, reclamou.
A comentarista criticou o momento atual do Glorioso. “E aí o time que teve o maior ano da história da vida dele, agora a gente fica sabendo que não paga salário, fundo de garantia, tem um monte de coisa envolvida nessa dívida e os jogadores reclamam. E eles acham ruim os jogadores reclamarem. Eu não entendo, a gente precisa pelo menos colocar as coisas onde elas devem ir.”
Situação preocupa para 2025?
A jornalista questionou o preço que o Botafogo pode enfrentar após a temporada histórica em 2024. “Esportivamente o ano do Botafogo foi maravilhoso, eu acho que a torcida tem que celebrar, foi lindo, o Botafogo está na moda, a camisa e o escudo mais bonitos do planeta, mas assim, vale a qualquer custo? Vale o desmonte? Vale perder o treinador? É isso que a gente espera? Aí a gente tem que fazer perguntas um pouco mais profundas, o que é um clube de futebol? Ele existe pra quê? Pra dar lucro? Ou ele existe pra fazer circular afeto?”
“Eu fico com a segunda opção, pra mim existe pra fazer circular afeto, e nesse sentido, embora tenha sido um ano muito bom, de 2024, 2025 se anuncia um ano um pouco mais perturbador. Acho que a torcida gostaria de ver o time ser minimamente mantido, o treinador ser mantido, mas não é isso que a gente está vendo, e não apenas isso, agora um desfile de dívidas”, apontou a comentarista.