Quase a compra aconteceu
As conversas entre 777 Partners e José Roberto Lamacchia, proprietário da Crefisa, para a aquisição dos 70% de ações da SAF do Vasco pela empresa americana, quase foi concluída financeiramente, mas acabou sendo interrompida para evitar conflitos com a posição de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que se prepara para concorrer à reeleição.
Os americanos, que já investiram R$ 310 milhões no Cruzmaltino, pediram um valor considerado elevado por Lamacchia: US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 618 milhões). Apesar disso, o empresário brasileiro estava disposto a pagar cerca de US$ 110 milhões (R$ 566 milhões).
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As discussões se concentraram nas condições de pagamento, com a 777 insistindo no pagamento integral à vista, enquanto Lamacchia propôs dividir o valor em duas parcelas.
Além do montante de compra, Lamacchia teria que assumir os compromissos financeiros da 777, incluindo um aporte de R$ 270 milhões em setembro deste ano e outro de R$ 120 milhões em 2025.
Por que a negociação parou?
A negociação avançava até ser interrompida pela recente disputa judicial que afastou a 777 do comando da SAF e colocou o grupo político de Pedrinho em destaque, além de atrair atenção para a Crefisa.
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As negociações vinham ocorrendo há meses, com a Crefipar Participações e Empreendimentos, uma das empresas de Lamacchia, conduzindo um due diligence que ficou pronto em fevereiro. No entanto, a batalha judicial em andamento afetou o andamento das negociações comerciais.
Com o aumento da visibilidade da Crefisa como potencial compradora do Vasco, Leila Pereira enfrentou pressão no Palmeiras devido ao envolvimento de seu marido. Lamacchia, em conversas com pessoas próximas, reconheceu que não poderia comprometer a posição de Leila, que busca mais três anos à frente do Palmeiras.