Dívida complicada
O torcedor do Botafogo foi surpreendido nos últimos dias com os bastidores da Eagle Football Group, isso porque o Glorioso pode enfrentar dificuldades financeiras nos próximos meses, inclusive precisará lidar com a possível saída de alguns dos seus principais jogadores, devido à grave situação de endividamento de seu CEO, John Textor.
O empresário, por meio da Eagle Football Group, holding que controla o alvinegro carioca, acumula uma dívida de cerca de 500 milhões de euros (aproximadamente R$ 3 bilhões). De acordo com informações do jornalista Bruno Andrade, do Uol, para sanar essa dívida, Textor está se mobilizando em duas frentes principais: a venda de sua participação no Crystal Palace, na Inglaterra, e a negociação de atletas do Botafogo, com o objetivo de levantar recursos imediatos e assim resolver o problema financeiro de sua empresa.
Ainda segundo a publicação, a principal fonte de receita que Textor está buscando é a venda de suas ações do Crystal Palace, que somam 45,3% do clube e estão avaliadas em 350 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões). Esse montante seria crucial para o empresário equilibrar suas finanças e evitar maiores prejuízos, já que o seu endividamento pode afetar diretamente sua capacidade de gestão dos clubes que controla, incluindo o Botafogo.
Além disso, o Lyon, clube francês também sob o comando de Textor, foi sancionado pela Direção Nacional de Controle e Gestão da França (DNCG), o que impede o time de fazer contratações e agrava ainda mais a situação financeira do empresário.
Lista de negociáveis
Além da venda das ações do Crystal Palace, Textor também planeja vender jogadores do Botafogo para levantar entre 100 e 150 milhões de euros (cerca de R$ 605 milhões a R$ 908 milhões) até fevereiro de 2025. Entre os atletas mais cotados para deixar o Glorioso estão o goleiro John, os meias Thiago Almada e Jefferson Savarino, e os atacantes Igor Jesus e Luiz Henrique.
Apesar de serem peças importantes para o elenco, a negociação desses jogadores seria fundamental para que o Botafogo não entre em uma crise financeira e para que Textor consiga dar sequência ao pagamento das dívidas do seu grupo. A situação de endividamento de Textor pode refletir em um cenário delicado não só para o Botafogo, mas também para seus outros clubes, como o Lyon, que enfrenta a ameaça de rebaixamento na França.
Diante deste cenário, o futuro de atletas importantes pode estar diretamente ligado à capacidade de Textor sanar suas dívidas, e a negociação de seus ativos no mercado de transferências será uma das principais alternativas encontradas pelo CEO para resolver sua difícil situação financeira.
