Críticas severas à empresa

O técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, tem uma longa história de insatisfação com a qualidade dos gramados no Pará. Recentemente, ele expressou sua frustração com o estado do campo do próprio clube, a Curuzu.

De acordo com o treinador, se o jogo contra o Botafogo-SP tivesse ocorrido no estádio do clube, a equipe teria passado por uma situação constrangedora devido às condições do gramado. Ele atribuiu a decisão de jogar em outro local não à presença da torcida, mas à incompetência da empresa responsável pela manutenção do gramado da Curuzu.

Hélio dos Anjos não poupou críticas à empresa, afirmando que, apesar de o clube ter adquirido todos os materiais necessários para a manutenção do campo há 30 dias, as condições do gramado do Paysandu ainda deixam a desejar.

“Você sabe porque nós jogamos aqui, não foi por causa de torcida, é porque nós temos uma empresa incompetente para cuidar do gramado da Curuzu. Incompetente ao extremo. Se nós tivéssemos jogado na Curuzu seria uma aberração perante o Brasil porque quem está transmitindo não é mais aquelas empresas que ficam ali só por trás, no YouTube, agora, você assiste na televisão aberta e fechada. Tem 30 dias que o clube comprou tudo, grama, adubo, tudo, vai lá ver como está o campo do Paysandu”, disse o técnico.

Perderam a grama

O treinador também destacou a importância de jogar em casa devido à “pressão” que a torcida exerce dentro da Curuzu. Ele acredita que o estádio é um fator decisivo em competições e lamenta que a equipe esteja à mercê de uma empresa que, segundo ele, não tem sido capaz de manter o gramado em condições adequadas para os jogos.

A empresa em questão, GreenLeaf Gramados, foi contratada em 2021 por meio da campanha “Pix do Juninho”, que arrecadou mais de R$40 mil em doações da torcida. A GreenLeaf é uma empresa brasileira especializada na construção e manutenção de gramados esportivos, tendo trabalhado em arenas da Copa do Mundo do Qatar em 2022.

Além de cuidar do gramado da Curuzu, a GreenLeaf também é responsável pela manutenção do centro de treinamento do clube. No entanto, apesar de sua experiência e reputação, a empresa tem enfrentado críticas quanto à qualidade do gramado da Curuzu.

“O Paysandu veio jogar aqui [Mangueirão] porque eu pedi. Para mim, nesse tipo de competição, a Curuzu é decisiva, eu já vim jogar aqui e eu sei como é. Só que nós estamos à mercê de uma empresa incompetente. Eu falo porque eu entro todo dia em campo e o nosso campo não tem condições e não vai ter condições de jogo para a partida contra o Avaí, porque eles conseguiram perder a grama”, concluiu Hélio.

Enquanto isso, o próximo jogo do Paysandu está marcado para a próxima sexta-feira, dia 3, às 19h, contra o Avaí. A partida será realizada no Estádio da Curuzu, pela terceira rodada do Brasileirão da Série B. Resta saber se as condições do gramado serão um fator no desempenho da equipe.

O que dizem os torcedores