Nova acusação

O diretor do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, encontra-se novamente no radar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), desta vez o motivo é outro e bem delicado.

O acontecimento é devido a relatos de ofensas feitos ao árbitro Sávio Pereira Sampaio no jogo contra o São Paulo, ocorrido em 2 de dezembro do ano passado.

A Procuradoria denunciou o dirigente sob o Artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de “ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto”.

Na súmula, o árbitro Sávio detalhou que Caetano o abordou durante o intervalo, nos corredores do Mineirão, com palavras como: “Eu quero saber o que a família tem contra o Galo. Quando não é seu irmão, é você prejudicando a gente.” O julgamento está marcado para o próximo dia 31, e, se condenado, Caetano pode enfrentar uma suspensão de até 90 dias.

E não para por aí…

Além das acusações de ofensas, o Atlético-MG também será julgado devido ao atraso de sete minutos no início da partida, causado pela falta de visibilidade devido à fumaça no gramado. Neste caso, a multa pode atingir até R$ 100 mil.

Esta não é a primeira vez que Rodrigo Caetano se vê envolvido em polêmicas disciplinares. No ano passado, o dirigente foi suspenso por 60 dias por ofensas direcionadas a Wilton Pereira Sampaio, irmão de Sávio, durante um jogo contra o América-MG.

Na ocasião, Caetano inicialmente recebeu uma suspensão de 30 dias, mas o STJD posteriormente aumentou para 60 dias. O diretor só foi liberado para participar de entrevistas e acessar os vestiários do Atlético-MG na reta final do Brasileirão.

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Atualmente, a permanência de Rodrigo Caetano no Atlético-MG é incerta. Embora tenha contrato, não há uma cláusula de multa em caso de rescisão, um acordo recente entre o dirigente e a diretoria do clube. Caetano já trabalhou com o técnico Dorival Júnior em clubes como Vasco e Fluminense, e sua continuidade no Galo permanece sob discussão, aguardando definições nas conversas com a diretoria.

Tretas do passado

Em uma entrevista exclusiva, Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético-MG, abriu o coração sobre a sua mágoa em relação ao técnico argentino Eduardo Coudet, ex-comandante do Galo. O dirigente expressou sua decepção com a maneira abrupta como Coudet deixou o clube, criticando suas palavras e destacando a falta de reconhecimento.

“Fiquei decepcionado sim. Pela forma que ele saiu, pelas palavras que ele disse. Porque eu trabalhei com ele em dois clubes e nas duas vezes eu fui buscá-lo, uma no Inter e depois no Galo. Ele pode até não concordar com a forma dos clubes trabalharem, mas no mínimo um reconhecimento por tudo que envolvia, o projeto, as pessoas, enfim. Os clubes em geral eles são muito maiores do que nós, seja diretor ou treinador, então temos que entender os nossos limites. Enfim, tínhamos um projeto pra ele ao longo do ano todo e infelizmente foi interrompido,” lamentou Caetano.

A surpreendente saída de Coudet ocorreu após o empate em casa por 1 a 1 contra o Red Bull Bragantino, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023. Na ocasião, o treinador informou ao elenco que “estava indo embora”, gerando surpresa e tensão no grupo de jogadores.

Este episódio tenso no vestiário foi o segundo momento de turbulência durante a passagem de Eduardo Coudet pelo Atlético-MG. Antes, após a derrota para o Libertad-PAR na estreia da fase de grupos da Copa Libertadores, o treinador fez cobranças durante uma entrevista coletiva, o que não foi bem recebido internamente.

Após o incidente, Coudet embarcou para a Argentina, onde passou alguns dias de folga. No dia seguinte, a diretoria anunciou que o técnico não seguiria no comando do Galo, encerrando abruptamente o projeto que estava planejado para a temporada.

O que dizem os torcedores