A sexta-feira (13) de maio marca uma data importante na história do Brasil. Neste mesmo dia há 134 anos foi assinada a Lei Áurea que proibiu a escravização de pessoas negras no país. E para comentar sobre a data o site Globo Esporte entrevistou o ex-goleiro e atualmente escritor, Aranha. O jogador que é ídolo da Ponte Preta defende uma formação étnico-racial nas categorias de base do futebol e ressalta que o esporte tem grande poder nesta área.
“O futebol vai juntar uma quantidade grande de pessoas, aí você tem a oportunidade de ensiná-las e de passar uma mensagem. O esporte é agregador. Acredito que esta formação serve para transformar vidas usando a influência que os jogadores tem”, relatou.
Em 2021, o ex-arqueiro lançou o livro Brasil Tumbeiro. Nesta obra ele traz informações sobre pessoas negras que foram referência nas mais diversas épocas do país. De acordo com Aranha, o livro é uma forma de combater o pessimismo racial e elevar a autoestima das pessoas negras.
“Os negros não conhecem a sua própria história, pois ela foi apagada propositalmente, né? Imagina só se desde de criança os negros tivessem a consciência de que na época da escravidão, que era o pior momento para ser negro no Brasil, existiam médicos, advogados, engenheiros, escritores, donos de fazenda, né? A autoestima, a vontade, o espelho, as referências fazem muita diferença na vida das pessoas, das crianças. Então, se ela cresce sabendo que sempre existiu (essas profissões) que foi uma história de luta, de resistência e de vitória ela não cresceria nesse pessimismo racial”, pontuou.