Vacilo do Alvinegro Carioca na temporada 2023
O Botafogo teve um desempenho avassalador até o fim do primeiro turno do Brasileirão de 2023. A equipe alvinegra ficou na ponta da tabela por meses com as demais equipes acreditando que eles iriam faturar a taça pela tamanha vantagem.
No entanto, o time surpreendeu a todos ao embalar uma sequência de resultados negativos no returno do torneio de pontos corridos, entregando a taça para o Palmeiras e finalizando o certame na quarta colocação ao impensável meses antes.
Contudo, se o clube de General Severiano fosse campeão brasileiro após 28 anos de jejum, como todos pensavam, muito da conquista teria méritos do técnico Luís Castro que implementou um estilo de jogo que gerou bastante resultados.
Porém, no meio da temporada, o português acabou trocando o Alvinegro pelo Al Nassr e por isso acabou recebendo muitas críticas, principalmente por parte da torcida. E parece que isso acabou deixando mágoas no treinador.
Desabafo do comandante português em sua passagem pelo Glorioso
Recentemente, o comandante da equipe de CR7 que esteve à frente do Glorioso entre abril de 2022 e junho de 2023, lamentou a perda do título do Alvinegro no torneio nacional e ainda na ocasião criticou o comportamento de alguns torcedores.
“A torcida é muito emocional e adora o clube. A emoção e a forma como se expressa no estádio é muito natural. Esse comportamento nunca magoa. O que magoa é a premeditação de alguém ir a um estádio para ofender outra pessoa”, começou dizendo em entrevista ao diário português, O Jogo.
“Ter as bancadas cheias de gente que dirige palavras menos próprias ao treinador não ofende, mas a premeditação ofende e é imperdoável. Quem bate esquece, mas quem leva nunca esquece. Não saí por isso, mas sim pela oportunidade única que tive”, completou.
Durante o bate-papo, Castro aproveitou para relembrar sua chegada ao Botafogo, em março de 2022. De acordo com ele tudo aconteceu de forma complicada. Isso porque naquele momento, a equipe ainda não tinha uma boa estrutura e nem mesmo o gramado do Nilton Santos apresentava boas condições.
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Jogou na roda os problemas da equipe de General Severiano
“Foi um percurso ondulante, como o Oceano Atlântico. Chegamos e não tínhamos nada. Não havia centro de treinos, campo para treinar e o estádio tinha más condições. Não havia um espaço para fazermos as refeições juntos. Não tinha quase nada”, desabafou.
“A equipe vinha da Série B e tinha de ser reconstruída, apesar de ter muitos jogadores e seres humanos bons. Tínhamos de refazer tudo. Encontramos também uma mentalidade muito fatalista. Após um jogo, ganhando ou perdendo, as pessoas pensavam que não iriam voltar a vencer”, contou.
Contudo, embora tenha tido uma saída um tanto conturbada de General Severiano, o comandante não descarta um possível retorno ao futebol brasileiro em um futuro não muito distante.
“Gostei muito e um dia talvez volte. Aliás, posso afirmar que gostava de voltar ao Brasil. Tenho muito boas recordações de tudo. É um campeonato com uma competitividade enorme, há equipes campeões que descem de divisão. Nada pode ser dado como certo, pois a luta é até ao fim”, concluiu.