CPI dá voz a denúncias de John Textor

John Textor se tornou uma das figuras mais badaladas do futebol brasileiro e tem agitado não apenas as manchetes dos noticiários como promoveu um verdadeiro alvoroço ao apontar supostos casos de corrupção e manipulação de resultados no Brasileirão.

O dono da SAF do Botafogo vem fazendo uma série de acusações e na última segunda-feira (22) foi ouvido pela CPI das Apostas. Os senadores consideraram que o empresário não entregou provas, mas fortes indícios de manipulação de resultados.

Material gera preocupação na CPI do Senado

Jorge Kajuru (PSB-GO), senador presidente da CPI, afirmou que no prazo de uma semana será revelado o material apresentado pelo norte-americano, inclusive vídeos que podem se tornar provas do caso.
O senador afirmou que pensou em dar voz de prisão a Textor após contradição no depoimento, mas que o material entregue pelo CEO do Botafogo é preocupante, inclusive em imagens que apresentaram uma edição do VAR.

“Só que as imagens que ele mostrou para nós na reunião secreta, algumas são preocupantes, indícios que podem virar provas. Até semana que vem estarão nas mãos de vocês. Essas imagens você tem dúvida, tem uma edição do VAR. Por que o VAR fez uma edição de imagem de um impedimento que não aconteceu?”, disse Kajuru ao UOL News.

“E ele trouxe imagens não só do VAR, porque contratou uma empresa que ficava atrás dos gols mostrando. Tem duas imagens, as do VAR e as dele. 80% do que ele nos trouxe, não vou dar nenhuma credibilidade, mas tem 20% que eu não vou ser irresponsável de não investigar, que colocam indícios.”, explicou o senador.

Kajuru ainda revelou que Textor entregou um áudio de um árbitro afirmando que inventou um pênalti e que recebeu oferta de propina. “Evidente que não estou crendo em tudo que ele nos apresentou, mas tem fatos que não posso ignorar. Temos uma gravação que ele botou na minha mão do árbitro dizendo: ‘Aos 16 minutos do primeiro tempo, em um agarra-agarra, inventei um pênalti porque prometi isso para quem me ofereceu propina, pois tiveram vários outros agarra-agarras com pênaltis claríssimos e eu não marquei porque combinei e cumpri minha parte. Apenas o outro lado que ainda não me pagou.’ Como que eu parlamentar e presidente de uma CPI não vou levar isso a sério? Vou ignorar?”.