Presidente do Flamengo liga fair play financeiro ao Botafogo
O Botafogo vem fazendo uma temporada fantástica em 2024. Afinal, lidera o Brasileirão Betano e ainda é finalista da Libertadores. Para isso, o Glorioso fez altos investimentos ao longo do ano, o que tem gerado assunto nas outras equipes.
Em entrevista ao “Flow Podcast”, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, voltou a pedir fair play financeiro e usou o Botafogo como exemplo, além disso, ainda citou John Textor.
“O fair play financeiro hoje precisa ser regulado a nível de Fifa. Estamos vendo que os clubes hoje estão formando grupos transnacionais. O sujeito compra um clube na Espanha, outro na França, outro nos Estados Unidos, compra em outro lugar… O sujeito injeta dinheiro numa companhia, que ela é acionista controladora de todos esses clubes em diversos locais e, por exemplo, existem ligas que tem fair play financeiro, que controlam a capacidade de investimento de um clube”, iniciou.
“Aqui no Brasil não temos isso, meu amigo John Textor vai ficar aborrecido mais uma vez porque eu vou ter que falar isso aqui. O Botafogo acho que o ano passado teve lá no seu balanço R$ 330 milhões de receita. Tudo que ele gerou de dinheiro, R$ 330 milhões, ele investiu provavelmente R$ 500 milhões esse ano. R$ 330 milhões é pra pagar todas as despesas dele, está certo, então se sobrar alguma coisa é isso e está bom, ele pega e investe R$ 550 milhões”, acrescentou.
“Como é que você faz? Como é que alguém que tem R$ 300 milhões de receita pode investir R$ 500 milhões? Então assim, só para explicar, uma preocupação é que amanhã um Sheik pode definir que um time aqui vai ser campeão brasileiro”, completou.
Futebol brasileiro mais competitivo
No entanto, antes de encerrar o assunto, Landim ressaltou que por outro lado estes investimentos melhoram a qualidade do futebol brasileiro e aumentam o nível de competição.
“Por outro lado, acho que a gente precisa melhorar a qualidade do futebol brasileiro como um todo para poder valorizar o nosso futebol. Então, gosto quando vejo investimento no Brasil porque isto aumenta o nível de competição. Para o Flamengo, competitivamente, pode ser ruim, mas para o futebol brasileiro é bom porque a gente passa a ter um campeonato mais interessante”, finalizou.