História gloriosa

O Botafogo garantiu a classificação para a grande final da Copa Libertadores da América. O alvinegro carioca foi derrotado por 3 a 1, na noite da última quarta-feira (30), no Estádio Centenário, em Montevidéu. A equipe havia vencido o jogo de ida por 5 a 0, registrando 6 a 3 no agregado.

Com isso o Glorioso está na luta por dois títulos importantes na temporada, já que é também líder do Brasileirão. O desempenho da equipe foi exaltado pelo jornalista André Rizek que afirmou que o clube sempre foi maior que os títulos que tem. Ao logo da história o clube conquistou 30 títulos. Vale lembrar que o último troféu conquistado pelo Botafogo foi o da Série B do Brasileirão de 2021.

“O Botafogo sempre foi muito mais importante do que os títulos que ele tem. Se a gente for analisar a história, a importância do Botafogo aqui no futebol brasileiro, é quase surreal que o time do Didi, do Nilton Santos, do Garrincha, do Amarildo e companhia, tenha apenas dois brasileiros ao longo da sua trajetória. E era só um, em 95, antes da unificação, que contemplou também 68. O Botafogo, que junto com o Santos, fez do Brasil o país do futebol, não tem uma Libertadores, não tem um Mundial, em 63, bateu na trave, perdeu a semifinal para o Santos do Pelé. E o Botafogo poderia, perfeitamente, ter sido campeão mundial daquele ano”, lembrou Rizek.

Em vídeo publicado pelo GE, Rizek seguiu lembrando a história do Glorioso. “Como pode um clube desse tamanho, com tanta contribuição para a história vencedora do futebol brasileiro, não ter um Mundial de Clubes, ter pouco Campeonato Brasileiro? As explicações não são muito difíceis de serem encontradas. O grande título do Botafogo, na sua época de ouro, ali nos anos 60, o grande título em disputa no futebol brasileiro, naquela época, eram os estaduais. E o Botafogo tem glórias gigantes nessa competição, atuações de gala inesquecíveis, épicas. Do Garrincha, por exemplo, em 62 contra o Flamengo, um 3×0 que fica na retina para sempre do torcedor alvinegro. Aquele que viveu e aquele que guarda a história do clube. Mas agora o Botafogo está diante de uma nova oportunidade, que é fazer justiça com títulos a história gloriosa que tem”, destacou.

Nova Era

“O novo botafoguense, o que está nascendo agora, vivendo essa era, tem um grande barato para curtir. Preservar essa história gloriosa materializada nas estátuas que tem em frente ao Nilton Santos, saber que o clube dele transformou a gente em país do futebol, e ao mesmo tempo, começar a curtir uma história de, a cada ano, disputar os principais títulos do Brasil e do continente. Porque a história é fundamental, não se apaga, passa de pai para filho, e isso é a razão de ser do torcedor de futebol. Mas levantar troféu é muito bom também”, afirmou.

Convencido da nova fase que vive o Botafogo, Rizek não hesitou em projetar que o alvinegro carioca vai seguir brigando por títulos nos próximos anos, tendo em vista, inclusive o forte investimento que o clube tem recebido através da SAF.

“Então você, o novo botafoguense, é muito privilegiado. Você tem toda a história que chegou até esse momento, e a partir de agora você pode também curtir um momento vencedor, como nunca o Botafogo teve, numa mesma temporada, disputar os títulos de Brasileiro e da Libertadores. “Ah, mas e se perder, imagina o trauma?” Se perder, amigo, ano que vem tem mais. Com esse nível de investimento e com essa gestão esportiva tão boa, é batata. O Botafogo vai continuar disputando os títulos. E uma hora, uma hora, a hora chega”, apostou.

A final da Libertadores será disputada entre Botafogo e Atlético-MG no dia 30 de novembro, ainda sem horário definido. A partida será disputada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o maior estádio da Argentina com capacidade para mais de 84 mil torcedores.